Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

recriação “atlântica” do processo colonizador português

2011; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Linguagem: Português

10.11606/ran.v0i2.88844

ISSN

2179-5487

Autores

Alex Gomes Silva,

Tópico(s)

Travel Writing and Literature

Resumo

A revista Atlântico foi parte integrante de um projeto maior açambarcado por Portugal e Brasil no começo da década de 1940. Para sermos mais precisos, 1941 é o ano da assinatura do acordo cultural luso-brasileiro que acabou resultando, dentre outros elementos, na idealização de um projeto cujo cerne assenta-se na criação de uma revista de “cultura” e “arte”. Desse processo, surge Atlântico, revista que deve seu nome ao intento de “encontrar uma palavra suficientemente elástica, ondulante, para sintetizar o vago e o concreto das nossas aspirações, o sonho e a realidade do nosso ideal”, segundo as palavras de um dos seus diretores, António Ferro. Fundada em 1942, a revista Atlântico tem como propugnadores o diretor do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) de Portugal, António Ferro, e o diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), Lourival Fontes. O presente artigo, que abrange o período de 1941 (ano da assinatura do Acordo Cultural luso-brasileiro) a 1945 (que marca tanto o fim da vigência do DIP quanto o término da primeira fase de Atlântico), pretende discutir a idéia defendida por seus articulistas de que a “natureza” da revista Atlântico, isto é, por ser um periódico de “cultura, de literatura e de arte”, “abstêm-se de tratar dos problemas sociais, políticos ou econômicos do mundo moderno, até quando dizem respeito à vida do Brasil ou de Portugal”. A recriação do processo de colonização português pelas páginas que configuram a publicação consiste em um profícuo canal pelo qual a discussão acima proposta pode ser parcialmente conduzida.

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