
A khóra e alhures: uma observação sobre a eskhatiá na Electra de Eurípides
2018; Issue: 31 Linguagem: Português
10.11606/issn.2448-1750.revmae.2018.161245
ISSN2448-1750
AutoresMárcia Cristina Lacerda Ribeiro,
Tópico(s)Global Maritime and Colonial Histories
ResumoEurípides (485 a.C.- 406 a.C.) levou aos palcos do teatro de Atenas uma releitura sui generis do mito de Electra por volta de 415 a.C. O poeta transpôs com engenhosidade toda a trama para o espaço rural e acrescentou um personagem fundamental no desenrolar da peça, o ancião, preceptor de Agamenão. Expulso da ásty pelo tirano Egisto, o ancião habita o limite fronteiriço da cidade e exerce atividade agropastoril em sua propriedade. Nosso objetivo é examinar a fazendola do fiel servo da família Atrida, localizada em uma eskhatiá. Diferentemente de alguns estudos modernos que veem essas terras limítrofes como improdutivas ou destinadas exclusivamente às atividades marginais, a exemplo da caça e da extração da lenha, ou um apêndice quase isolado da pólis, perfilamos com pesquisas que veem a eskhatiá como espaço integrante da pólis, espaço complexo, plural, muitas vezes absolutamente produtivo
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