
SOBRE VIVÊNCIAS NEGOCIADAS: INDÍGENAS E JESUÍTAS FRANCESES NO OIAPOQUE SETECENTISTA
2019; Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português
10.18224/hab.v17i2.7627
ISSN1983-7798
AutoresBruno Rafael Machado Nascimento, Giovani José da Silva,
Tópico(s)Colonialism, slavery, and trade
ResumoO objetivo do artigo é compreender as relações entre indígenas e jesuítas na região do rio Oiapoque, atual fronteira entre Brasil e França, no Norte da América do Sul, na primeira metade do século XVIII (principalmente na margem esquerda, ou seja, na Guyane, território considerado francês). Busca-se analisar agências dos nativos frente à catequese dos missionários franceses, a partir de cartas escritas pelos padres, publicadas no século XIX. Navegar nos rios, furos e igarapés da Amazônia exigia conhecimentos específicos, cujos detentores eram os indígenas, considerados “selvagens”. Os missionários, tanto da colônia portuguesa quanto da francesa, por exemplo, dependiam deles e os pilotos e guias experientes eram valorizados e buscavam usar estratégias de negociação com os agentes coloniais, para sobreviver física e culturalmente. Dessa forma, os indígenas são percebidos como agentes do processo histórico, protagonistas de suas próprias histórias e não apenas vítimas da colonização e do contato com europeus.
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