
DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO A PARTIR DA TOXICOVIGILÂNCIA
2020; Volume: 7; Issue: Único Linguagem: Português
10.35621/23587490.v7.n1.p910-924
ISSN2358-7490
AutoresSilmara Maria Diniz Vicentini, Sayonara Maria Lia Fook, Raquel Costa Silva, Lindomar de Farias Belém, Nícia Stellita da Cruz Soares, Marina Lia Fook Meira Braga,
Tópico(s)HIV, Drug Use, Sexual Risk
ResumoObjetivou-se avaliar o perfil epidemiológico das intoxicações por drogas, atendidas no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campina Grande (CIATOX-CG), entre 2016 e 2017, através de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo. No Brasil, de acordo com o SISTEMA DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO (SINAN), nos dois anos avaliados, as intoxicações medicamentosas ocuparam o primeiro lugar, verificando-se associação significativa com o gênero (p<0,05). Localmente, estas também ocupam a primeira posição. As drogas, embora ocupem o quarto lugar, merecem destaque especial. Foi possível observar um aumento gradativo nos registros a cada ano. Esses dados estão de acordo com os dados do SINAN. Este registro torna-se fato preocupante, pois o consumo de drogas está relacionado com vários agravos que não afetam apenas o usuário, mas a sociedade também. Verificou-se ser um evento tipicamente urbano, em pessoas do gênero masculino, estudantes, na faixa etária de 0 a 19 anos e por uso abusivo. A evolução da maioria dos casos foi a cura sem sequelas, embora tenham sido relatados dois óbitos. As principais drogas de abuso envolvidas nos eventos toxicológicos, foram Cannabis e Cocaína associadas ao etanol e/ou medicamentos. Dados da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) mostram que as drogas lícitas são responsáveis por 8,1% dos problemas relacionados ao uso de drogas, enquanto as drogas ilícitas são responsáveis por 0,8%. Pesquisas acadêmicas contribuem quando se deseja mudar uma realidade. Portanto, estudar, reduzir os danos e prevenir esse tipo de agravo são desafios que envolvem Políticas Públicas, recursos financeiros e sensibilidade por partes dos profissionais envolvidos. Palavras chave: Drogas Ilícitas. Epidemiologia. Toxicologia.
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