UNIVERSALIZAÇÃO E DEMOCRATIZAÇÃO NO ENSINO A PARTIR DA POLÍTICA PÚBLICA PARA EDUCAÇÃO DO CAMPO

2020; Editora IFPB; Volume: 3; Issue: 4 Linguagem: Português

10.35512/ras.v3i4.3826

ISSN

2595-0045

Autores

Samara Caminha de Almeida, Sabrina De Almeida Melo Caminha, Maria Pereira de Sousa Deuziene, Francisco Doúglas de Oliveira Melo, Ivanaldade Dantas Nóbrega Di Lorenzo,

Tópico(s)

Education Pedagogy and Practices

Resumo

<p>INTRODUÇÃO: O trabalho versa sobre a política pública da Educação do Campo, em destaque a Escola Estadual de Ensino Fundamental Renê Alves Ramalho, situada no Assentamento Nova Vida I, Sousa, Paraíba. Fundada em fevereiro de 2019 tem sua gestão é compartilhada com a 10ª Gerência Regional de Ensino da Paraíba e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), além de uma escola pública no município de São Domingos-PB. Esta experiência se discute no âmbito do PIBID, PROBEX e aulas de disciplinas de Estágios, no Campus Cajazeiras, da Universidade Federal de Campina Grande. Tal política preconiza união dialógica entre a relação pedagógica, metodológica e a educação como ato político sob forma de reconhecimento e valorização dos camponeses. Intenciona-se fortalecer um projeto de campo, no qual a construção da identidade cultural e histórica dos envolvidos se dê valorativamente colaborando para a ampliação da autonomia de educadores/as e educandos/as e implementação de ações voltadas as especificidades dos camponeses. Diante das experiências vivenciadas na escola mencionada percebe-se uma construção pautada nos princípios da Educação do Campo, cujas práticas pedagógicas anunciam saberes inerentes às particularidades dos/as educandos/as, propondo ações peculiares ao convívio com a natureza, organização familiar e o papel familiar nas atividades produtivas, culturais e sociais e, quanto à diversidade, nos aspectos econômicos, ambientais, de gênero e etnia. Dentre os princípios da Educação do Campo a referida escola anuncia: a- o papel da escola enquanto formadora de sujeitos articulada a um projeto de emancipação humana; b- a valorização dos diferentes saberes; c- dos espaços e dos tempos de formação dos sujeitos; d- do lugar da escola vinculado à realidade; e- a educação como estratégia do desenvolvimento sustentável; e, f- a autonomia e colaboração entre os sujeitos do campo e o sistema nacional de ensino. O questionamento é: Quais/qual políticas públicas são dirigidas para o campo e nela, destaca-se a discussão acerca da Educação do Campo no Assentamento Nova Vida, assim como a educação no campo na escola de São Domingos-PB. OBJETIVOS: Objetiva-se identificar nas distintas experiências quais prenúncios de democratização e universalização do ensino considerando a contextualidade do debate, bem como a efetividade da educação como ato autônomo e prática da liberdade. METODOLOGIA: A metodologia foi à abordagem qualitativa por meio de entrevista aplicada com as diretoras das escolas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Constatamos, na primeira escola a formação e ação na gestão seguindo os princípios da Educação do Campo, enquanto que a segunda escola há desconhecimento dessa política e suas ações pautam um modelo educacional urbanocêntrico. Contudo, compreende a importância de desenvolver projetos e ações voltadas aos educandos, igualmente feita por eles valorizando seus conhecimentos e saberes individuais e coletivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Para tanto, colabora para as práticas educacionais de forma a compartilhar democraticamente uma educação não somente <em>para </em>os educandos/as, como também inseri-los na construção de saberes<em> com </em>a participação da comunidade escolar. Outro dado desse estudo foi perceber que há uma necessidade dos educadores e comunidades escolares conhecerem sobre a política da Educação do Campo, reivindicá-la e efetivá-la.</p>

Referência(s)