Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Toponímia rural de acidentes humanos do Mato Grosso do Sul

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Volume: 3; Issue: 1 Linguagem: Português

10.14393/lex5-v3n1a2017-4

ISSN

2447-9551

Autores

Letícia Reis de Oliveira, Aparecida Negri Isquerdo,

Tópico(s)

Literature, Language, and Rhetoric Studies

Resumo

Este trabalho discute resultados parciais da pesquisa em desenvolvimento que tem como objetivo mais amplo descrever e analisar a toponímia rural de acidentes humanos do Mato Grosso do Sul em termos motivação e de estrutura linguística. Neste artigo examinam-se topônimos compostos que nomeiam fazendas localizadas na mesorregião Centro-Norte do Estado do Mato Grosso de Sul, que abrange as microrregiões do Alto Taquari e de Campo Grande, com 16 municípios. O corpus relativo a essa área geográfica extraídos do Sistema de Dados do Projeto Atems[1] e dos mapas oficiais do IBGE escala 1:100.000 (2010) totalizou 1.113 designativos que foram analisados, segundo a motivação, seguindo o modelo taxionômico de Dick (1992, p. 31-34), e conforme os constituintes sintáticos[2] dos topônimos compostos com base em Neves (2000). Os resultados do estudo mostraram que os nomes de fazendas de estrutura composta evidenciam predominantemente as seguintes estruturas dos sintagmas: (Det. Num. + SN) “Dois Irmãos”; (SN+SN) “Maria Augusta”; (SN+ SA) “Terra forte”. Em termos de motivação, dentre as taxionomias de natureza física predominaram os hidrotopônimos, o que denota a influência do ambiente físico na nomeação das propriedades rurais, enquanto entre as taxionomias de natureza antropocultural destacaram-se os nomes de cunho religioso, os hagiotopônimos, atestando, assim, que o ambiente social e cultural do grupo, como a religiosidade reflete-se na nomeação de fazendas da região estudada. Para o estudo utilizam-se como referencial teórico, fundamentalmente, as contribuições de Dick (1990; 1992; 1997; 1998; 1999); de Sapir (1961) e de Neves (2000).

Referência(s)
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