
O ESPANTO META-HISTÓRICO DE NUNO BRAGANÇA
2019; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5212/muitasvozes.v.8i1.0002
ISSN2238-7196
Autores Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoO esforço radical de transformação partilhado mais ou menos difusamente pelo ocidente ao longo dos anos 60 teve no Maio de 68 francês uma síntese a partir da qual se pode dimensionar o radicalismo das atitudes dos envolvidos – um ponto de chegada necessariamente explosivo daquilo que, nos âmbitos cultural e ideológico, andava nas cabeças e nas bocas. O cenário português daquele período, marcado pelas tensões internas definidas pela guerra de descolonização associada à ditadura, dá bem a medida dos termos em que se deu o diálogo com o contexto francês de 1968, já que as questões próprias à realidade nacional conferiam à movimentação um considerável lastro de especificidade. Relativamente à produção cultural à volta do Maio de 68 e do 25 de Abril, a leitura da obra de Nuno Bragança (autor ligado à luta anti-salazarista, residente em Paris de 1968 a 1972) auxilia na compreensão de tal especificidade, bem como da abrangência e limite do que se passou naquele momento histórico.
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