ENTENDENDO O PRESENTE PELO PASSADO: O STEAMPUNK DE A ALCOVA DA MORTE COMO RESGATE DA TRADIÇÃO DA FICÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA
2020; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 11; Issue: 11 Linguagem: Português
10.12957/abusoes.2020.46469
ISSN2525-4022
Autores Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoApresentando narrativas normalmente ambientadas no passado e que incorporam releituras tecnológicas e estéticas do século XX no imaginário do século XIX, o steampunk vem conquistando relevância na Ficção Científica brasileira do século XXI promovendo o diálogo não apenas com as raízes literárias de sua ascensão no Brasil na Primeira República (1889-1930), mas também com a problemática, ainda atual, quanto a configuração desta vertente romanesca dentro do cenário da literatura fantástica nacional. Neste quadro, buscaremos demonstrar especificamente como o steampunk brasileiro no romance A alcova da morte (2017), de Enéias Tavares, Nikelen Witter e A. Z. Cordenonsi faz uso de diferentes elementos e estruturas narrativas que subvertem o gênero Ficção Científica no Brasil ao mesmo tempo em que se coloca como uma metáfora de um país onde o progresso científico não promoveu impactos positivos na qualidade de vida da sua população, afetando assim a instalação e disseminação da ficção científica na Literatura do início do século XX em nossas terras.
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