Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Automedicação em gestantes de alto risco de uma maternidade de referência do estado do Ceará

2020; Brazilian Journal of Development; Volume: 3; Issue: 2 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv3n2-149

ISSN

2595-6825

Autores

Sandna Larissa Freitas dos Santos, Emeline Moura Lopes, Aline Rebeca de Sousa Magalhães, Joelson Pinheiro de Lima, Rainne Almeida De Oliveira, Karla Bruna Nogueira Torres Mormino, Kaléu Mormino Otoni, Eugenie Desirèe Rabelo Néri,

Tópico(s)

Pharmaceutical studies and practices

Resumo

A automedicação no período gestacional possui riscos elevados, tendo em vista o grande número de medicamentos considerados de alto risco ou teratogênicos, os aspectos farmacocinéticos modificados em mulheres durante a gravidez e a possibilidade da presença de comorbidades que influenciam diretamente a segurança da gestação. Nesta perspectiva, este estudo teve por objetivo verificar a automedicação em gestantes de alto risco assistidas numa Maternidade Escola de referência do estado do Ceará. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand – (MEAC) localizada em Fortaleza – CE, com 950 gestantes atendidas no ambulatório Materno-Fetal no período de fevereiro a agosto de 2018. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista, após a consulta de pré-natal de alto risco ou naquelas gestantes que estavam devidamente reguladas, mas à espera da consulta no momento da pesquisa, por meio de um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas. O estudo mostrou o elevado percentual de gestantes com idade de 29 a 39 anos, casadas (81,1%), com ensino médio completo (80,2%), habitando em residência alugada, (76,5%) e com renda de até 1 salário mínimo. Quanto ao perfil obstétrico, a maior parte das mulheres (56.57%) eram nulíparas e afirmaram estar no segundo trimestre (71.71%) de gestação. A Hipertensão e Diabetes gestacional foram as doenças de alto risco mais prevalentes com respectivamente, 39% e 24,2%, confirmando as condições clínicas preexistentes que caracterizam uma gestação de alto risco. O uso de medicamentos pela prática da automedicação foi considerado baixo, comparado aos dados obtidos em outros estudos, confirmada por 10% (n=95) das entrevistadas. Quanto a classificação FDA de risco ao feto, houve maior prevalência da Categoria C com 53,3% dos medicamentos. Nesse cenário, é fato que o consumo de medicamentos pela automedicação em gestantes é uma questão de saúde pública, verificando a necessidade de formulações de políticas de orientações do uso seguro, bem como ações que previnam o consumo elevado percebendo a viabilização de intervenções educativas pode então promover a conscientização dos riscos inerentes aos medicamentos.

Referência(s)