CATEGORIA FEMININA EM XEQUE: REFLEXÕES SOBRE A CATEGORIA FEMININA EM TORNEIOS DE XADREZ
2020; INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português
10.21575/25254782rmetg2020vol5n11012
ISSN2525-4782
AutoresCristiana Fiusa Carneiro, Marília Lira da Silveira Coêlho,
Tópico(s)Physical Education and Sports Studies
ResumoNas últimas décadas temas relacionados ao gênero têm atraído a atenção de pesquisadores de áreas do conhecimento como educação, medicina, gestão, esportes entre outras. Entretanto, no universo enxadrístico, constata-se que há um considerável número de trabalhos que abordam questões cognitivas, mas poucos versam sobre a diferença entre os gêneros. Além disso, há um número muito maior de praticantes do sexo masculino do que feminino. Contudo, o xadrez é um esporte que demanda um alto desempenho intelectual e não envolve força física. Partindo dessas premissas, este estudo tem como objetivo verificar se hoje ainda é pertinente a divisão entre a categoria feminina e absoluta em torneios de xadrez, sob a perspectiva da Neurociência. Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica em que as buscas dos artigos científicos foram feitas por meio das bases de dados Pubmed, ScienceDirect e Scielo e as palavras-chaves utilizadas foram xadrez, gênero, neurociência, psicologia e mulher, em três idiomas, português, inglês e espanho.l O período de abrangência partiu das primeiras pesquisas com xadrez em 1894 até os artigos mais recentes de 2018. Através dessa revisão, ficou elucidada a existência de um número maior de praticantes do sexo masculino, bem como a existência de diferenças nas bases neurobiológicas entre os sexos. Entretanto, trata-se de diferenças morfológicas e estruturais e não devem ser estendidas para o funcionamento cerebral, pois não trazem relevância nem diferença no desempenho cognitivo. Diante disso, os fatores biológicos não fundamentam a diferença existente entre os sexos no xadrez e a atenção deve recair para os fatores culturais, históricos e sociais, principalmente para os processos de desnaturalização das desigualdades entre os gêneros. Por fim, evidencia-se a necessidade de novas pesquisas para aprofundar a discussão sobre gênero e xadrez.
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