Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Caracterização do perfil das intoxicações medicamentosas por automedicação no Brasil, durante o período de 2010 a 2017

2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 7 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v9i7.3952

ISSN

2525-3409

Autores

Sâmia Moreira de Andrade, Maurício Almeida Cunha, Élison Costa Holanda, Gizelli Santos Lourenço Coutinho, Roseane Mara Cardoso Lima Verde, Evaldo Hipólito de Oliveira,

Tópico(s)

Youth, Drugs, and Violence

Resumo

Os medicamentos são de suma importância no tratamento das doenças, no entanto, seu uso indiscriminado pode ocasionar riscos à saúde, principalmente por meio da prática de automedicação. Este estudo teve como objetivo, analisar o perfil clínico e epidemiológico de indivíduos com intoxicações decorrente da prática de automedicação no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo, quantitativo de base populacional, utilizando-se dados secundários, no qual foi realizada uma pesquisa epidemiológica de casos de doenças e agravos por intoxicação exógena notificados no Brasil, no período de 2010 a 2017, obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Avaliando aspectos relacionados a notificação por agente tóxico, 1° sintoma e evolução, circunstância, região de notificação, Unidade Federativa e agente tóxico-medicamento. Tabularam-se os dados, utilizando o programa Tabnet, os quais em seguida foram exportados e analisados no programa Microsoft Office Excel 2019. A partir dos resultados observou-se que foram notificados 565.271 casos por agente tóxico, no período de 2010-2017 no Brasil. Destes, verificou-se que o medicamento foi o agente tóxico mais frequente, correspondendo 298.976 (52.8%) do total dos casos. A circunstância predominante do uso do agente tóxico-medicamento ocorrido foi acidental, 42.968 (36,3%) casos. Em relação à evolução a cura sem danos destaca-se por representar a maioria de casos 249.372 (84.9%). Nota-se o crescimento proporcional da notificação por agente tóxico por ano e a região do Brasil com maior prevalência foi o Sudeste (51%) e a Unidade Federativa foi São Paulo. Desse modo, os resultados apontam que ocorreu um crescimento da frequência de notificações, decorrentes do uso irracional e indiscriminado de medicamentos no País.

Referência(s)