Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

legado de Maquiavel no teatro de Luigi Pirandello

2019; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 39 Linguagem: Português

10.11606/issn.2238-8281.v0i39p23-33

ISSN

2238-8281

Autores

Priscilla Nogueira Da Rocha, Sônia Cristina Reis,

Tópico(s)

Management, Economics, and Public Policy

Resumo

O presente artigo pretende analisar as obras Mandragola (1518), de Nicolau Maquiavel, e L’uomo, la bestia e la virtù (1919), de Luigi Pirandello, buscando evidenciar que, embora em séculos diferentes, os textos dos dramaturgos facultam um diálogo no que tange à utilização do recurso de máscaras sociais para encobrir seu real interesse, como, por exemplo, na figura do astuto, que usa uma poção na tentativa de ajudar a personagem principal a resolver seus problemas, e no emprego do riso como recurso estilístico. Assim como na obra de Maquiavel, é possível encontrar no texto de Pirandello uma sátira sobre a Itália de sua época, indicando uma série de hábitos de sua sociedade e, tal como Lucrezia na obra de Maquiavel, a Sra. Perella da obra de Pirandello disfarça sua traição e, mediante o riso (ou mais especificamente o riso humorístico), o autor siciliano direciona o público a perceber que, independente da época, manter as aparências é mais relevante para a manutenção do status social do que a essência e a virtude.

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