DISCUSSÃO CONSTRUTIVA SOBRE PSICOFOBIA: DESCONSTRUINDO ESTIGMAS

2019; Grupo Verde de Agroecologia e Abelhas (GVAA); Volume: 9; Issue: 3 Linguagem: Português

ISSN

2358-2367

Autores

Ana Clara Lins de Andrade Sampaio, Carla Kerolayne de Oliveira Silva, Lúcia Maria Temóteo,

Tópico(s)

Health, Nursing, Elderly Care

Resumo

INTRODUCAOA psicofobia e o termo utilizado para caracterizar acoes discriminatorias para com os transtornos mentais segundo a Associacao Brasileira de Psiquiatria-ABP, neste sentido as definicoes de estigma e discriminacao so afirmam o quao ativo e o preconceito para com estes sujeitos acometidos por alguma doenca. Observa-se de acordo com o dicionario AURELIO (1999) que estigma resulta de um processo pelo qual grupos/pessoas sao levados a sentir-se envergonhados e excluidos por uma condicao, e discriminacao e, a acao ou efeito de discriminar, diferenciar ou distinguir. Desta forma o preconceito cria raizes em sociedade muitas vezes por falta de informacoes ou por propria negligencia social, conseguinte que qualquer acao discriminatoria deve ser punida com base na Lei n.o 7.716, de 5 de janeiro de 1989. E notorio que a construcao de conhecimentos acerca dos transtornos mentais, seguem estereotipos nutridos por preconceitos, vindo a considerar uma descriminacao baseada na incapacidade racional e nos comportamentos das pessoas com transtornos mentais, deste modo aqueles que possuem algum tipo de transtorno, questionam seus papeis na sociedade e sentem dificuldade em se inserir novamente no meio social (WEBER, 2017).OBJETIVOSEste trabalho teve como objetivo promover uma discussao e reflexao critica acerca da exclusao e estigmatizarao de pessoas com transtornos mentais, levando em consideracao tambem a psicofobia, no qual atraves das discussoes procurou-se informar e tirar duvidas acerca do tema.METODOLOGIAA acao foi realizada no dia 25 de outubro de 2018, tendo como publico-alvo 30 alunos do curso de exatas da instituicao FSM, com duracao de 35 min; iniciando-se com a aplicacao de uma dinâmica e apresentacao de dois videos, abordando o tema exclusao e estigmas, de pessoas com transtornos mentais. Logo apos, foi realizada uma roda de conversa elencando o tema e discutindo a respeito.RESULTADOSA acao iniciou-se a partir da dinâmica cujo objetivo era instigar a reflexao do tema, depois utilizou-se dois videos da ABP- Associacao Brasileira de Psiquiatria, dos quais relatavam historias de preconceito sofridas por pessoas com transtornos. Desta forma foi realizada uma roda de conversa a respeito do tema, e de como os estudantes ali presentes logo apos a reflexao, se portariam em tais situacoes, se ja viram ou ouviram situacoes semelhantes com outras pessoas. No decorrer da discussao relataram nao ter conhecimento do assunto, e que as doencas mentais eram naturais no cotidiano das pessoas, outros propuseram ja ter presenciado situacoes de preconceito e violencia em seu dia-a-dia, onde individuos revelavam negligencia perante ao sofrimento de pessoas com transtornos mentais, fazendo da situacao um momento desconfortavel para aqueles que recebiam tal critica. No decorrer do debate houve reflexoes que apontaram mudancas de perspectivas acerca do tema e de como se portar frente a situacoes, um exemplo pode ser visto na fala de um dos alunos que relatou “o preconceito com pessoas que tem sofrimento mental, so piora a situacao dela, prejudica sua recuperacao”. Percebe-se que o tabu construido acerca dos transtornos mentais, nao e um tema discutido sobretudo no espaco academico de ciencias exatas. Por falta de informacoes episodios de preconceito e violencia sofridos por pessoas com transtornos mentais sao crescentes, deste modo ve-se que esta parcela da sociedade se encontra a margem da aceitacao social (BARROS, 2009). Nesta perspectiva foi observado atraves da acao e do debate sobre a tematica, que ainda existe muitos estigmas e preconceitos a respeito da saude mental, e que as praticas de preconceito e violencia sao perceptiveis perante a sociedade. Neste sentido VENTURA e BRITO (2012), ressaltam que a sociedade naturaliza tais atitudes, limitando a participacao de pessoas com transtornos mentais quanto cidadaos ativos da sociedade, excluindo tais direitos que essas pessoas possuem sob protecao dos direitos humanos, sobretudo principados por leis que visam a protecao e assistencia aos mesmos.CONCLUSOESDiante de tal experiencia pode-se observar a carencia de informacoes a respeito da psicofobia, entre cursos que nao compreendem o âmbito da saude, onde viu-se a necessidade de partilhar conhecimentos a respeito dos transtornos mentais para aqueles que desconhecem ou nao compreendem totalmente o assunto, ressaltando o respeito para com a saude mental, e de como estes sujeitos sofrem com o preconceito, estigmas e violencia. Desta forma conseguiu-se atingir a tais objetivos esperados, e levantar criticas construtivas a respeito do tema, levando ao curso escolhido para acao, a importância do respeito, da empatia e reflexao acerca de atitudes preconceituosas para com pessoas com transtornos mentais.

Referência(s)