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O uso da planta Cissus Verticillata (Insulina) no tratamento do Diabetes Mellitus, em uma comunidade costeira do Pará, Amazônia, Brasil

2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 7 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v9i7.4273

2525-3409

Jones Souza Moraes, Deyvison Luz Santos, Amanda Alves Fecury, Carla Viana Dendasck, Cláudio Alberto Gellis de Mattos Dias, Maria da Conceição Nascimento Pinheiro, Keulle Oliveira da Souza, Iracely Rodrigues da Silva, Euzébio de Oliveira,

Ethnobotanical and Medicinal Plants Studies

A Bacia do Rio Caeté, localizada na mesorregião nordeste do Estado do Pará, apresenta um grande número de espécies vegetais disponíveis, sendo utilizadas pelos moradores das comunidades ribeirinhas, porém, muitas plantas ainda não foram identificadas ou registrados os usos tradicionais. O presente artigo objetivou caracterizar os usos terapêuticos da “Insulina” Cissus verticillata (L.) Nicholson & C. E. Jarvis na Comunidade de Ponta de Urumajó - PA, verificando sua eficácia para o tratamento de Diabetes mellitus. A pesquisa baseia-se numa abordagem metodológica qualitativa, por meio da pesquisa de campo, utilizando-se como técnicas de coleta de dados a aplicação de free listing, entrevistas com informantes-chave, aplicação de formulários, coleta de amostras vegetais, observação, gravação de vídeo e fotografias. Resultados apontam que a comunidade da Ponta do Urumajó demonstra grande arcabouço de saberes sobre plantas medicinais, utilizando-as das mais diversas formas, além é claro, de conhecer as práticas empregadas para o uso das espécies que serão usadas para o cuidado em saúde. A comunidade tem empregado o uso de Cissus verticillata amplamente, desconhecendo os seus efeitos tóxicos e os perigos de reações adversas. Nesse intuito, este trabalho tende a contribuir com o reconhecimento e valorização dos saberes e práticas locais de povos tradicionais da Amazônia e busca uma integração entre os conhecimentos científicos e tradicional para a consolidação de práticas de conservação da espécie, além de observar os princípios ativos presentes na planta, sua toxicidade e apontar caminhos para estudos fitoquímicos na produção de um fitoterápico que contenha o conteúdo químico de C. verticillata dando qualidade de vida aos pacientes diabéticos.