
AMBIVALÊNCIA DA ESCOLA E ADOLESCENTES INFRATORES
2020; Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional; Volume: 24; Linguagem: Português
10.1590/2175-35392020195027
ISSN2175-3539
AutoresJacqueline de Oliveira Moreira, Andréa Máris Campos Guerra, Marcelo Ricardo Pereira, Frederico Couto Marinho, Bráulio Figueiredo Alves da Silva, Claudia Serra Wermelinger Silva,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoRESUMO Propomos uma reflexão sobre a ambivalência da escola sobre os adolescentes com trajetória infracional. Nosso problema consiste em demonstrar como a escola opera como lugar de exclusão, operando a partir da lógica segregatória do privilégio cultural. O método foi a revisão crítica da produção científica da psicologia e sociologia, usando como descritores “educação” e “adolescente em conflito com a lei” nas plataformas SciELO e Pepsic. Nos resultados constatamos que os índices de evasão escolar coincidem com a entrada na trajetória infracional dos adolescentes, fortalecendo o estigma e a exclusão. Perguntamos se, mesmo excludente e tão precária, não seria ainda essa escola formal melhor do que a não escola? Após análise da literatura defendemos a hipótese de que a escola pode funcionar como uma alça que oferece um ponto de apoio, proteção e referência para o adolescente com trajetória infracional, ainda que seu modelo seja anacrônico em relação ao efetivo exercício dessa possibilidade.
Referência(s)