Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Descrição social, econômico e ambiental de comunidades rurais no Acará, Pará, Brasil

2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 7 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v9i7.4294

ISSN

2525-3409

Autores

José Augusto dos Santos Batista, Mayane de Souza Barbosa, Fabrício Nilo Lima da Silva, Luã Caldas de Oliveira, Ronaldo Lopes de Sousa,

Tópico(s)

Agricultural and Food Sciences

Resumo

O objetivo do estudo foi traçar o perfil social, econômico e ambiental de comunidades no município do Acará, Pará, Brasil. A pesquisa ocorreu nas comunidades Monte Carmelo do Igarapé Retiro, Nazaré do Alto Igarapé Ipitinga, Nazaré do Baixo Igarapé Ipitinga, Roma e Vera Cruz, durante os meses de agosto a novembro de 2019. Foi utilizado um questionário semiestruturado para 65 famílias. Observamos que 71% dos entrevistados são do sexo/gênero masculino e agricultores. A faixa de idade predominante foi de 31 a 50 anos e 78% dos entrevistados possuem ensino fundamental completo. A agricultura familiar é praticada sem utilização de adubo e agrotóxicos, pois os produtores sabem do impacto ambiental que podem causar. Entre os vegetais mais cultivados e comercializados está o açaí (Euterpe oleracea Mart.). O rendimento mensal das famílias é proveniente da venda de produtos proveniente da agricultura, além da prática do artesanato e do extrativismo, e recebem benefícios sociais, como o bolsa família e a aposentadoria. Todos os entrevistados afirmam que teve algum problema ambiental nas comunidades. Eles destacaram as mudanças climáticas na região e a contaminação dos igarapés, por efluentes industriais. A produção do óleo dendê foi apontada pelos entrevistados, a principal causa dessa contaminação e alegam que todos os moradores locais tiveram que construir poços artesianos em suas casas, para suprir suas necessidades. Em conclusão, o perfil socioeconômico mostrou um panorama das comunidades e com a introdução de empresa produtora de óleo de dendê na região tem contribuído para mudanças negativas socioambientais, principalmente com a contaminação dos igarapés. Como trabalhos futuros, sugerimos a realização de capacitações em técnicas de tratamento de resíduos sólidos e de efluentes nessas comunidades, com o objetivo de mitigar os impactos ambientais observados no presente estudo.

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