
Forças de um corpo vazado
2014; Institute for Operations Research and the Management Sciences; Volume: 20; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1526-551X
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste artigo faz parte da pesquisa que venho desenvolvendo no Programa de PosGraduacao em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Tracos: o eu vazado na visualidade, sob a orientacao da Profa. Dra. Angela Leite Lopes, que visa aprofundar e dar continuidade a pesquisa de linguagem que venho desenvolvendo ao longo da minha trajetoria artistica, de carater teorico-pratica, a qual tem como foco pensar a experiencia artistica para alem da representacao, ou melhor, para alem da mera reduplicacao da realidade, entendendo a linguagem como lugar de pensamento, como criacao, como campo de forcas em tensao. Ou seja, a linguagem e entendida aqui em sua autonomia, sem depender do sujeito ou de questoes relativas a subjetividade. O que moveu a realizacao dessa pesquisa foi a hipotese de que esta na palavra, e mais especialmente no ato de falar, a potencia de um lugar da criacao e da nao representacao na cena e na arte contemporâneas. Mas quem fala? Quem e esse quem? A hipotese e a de que quem fala e um eu vazado, imagem poetica que venho, entao, criando e desenvolvendo para dar conta desse desafio de deixar o texto falar, deixar a carne falar. Um eu vazado e perpassado, atravessado pelo outro – musica, afeto, lembranca, vazio –, um eu que, ao nao fixar conteudos, libera-os justamente por vazar. Em Forcas de um corpo vazado articulo reflexoes sobre o eu vazado pensando o corpo, confrontando pensamento e experiencia, a partir da minha vivencia como atriz com o universo dos autores Valere Novarina e Samuel Beckett.
Referência(s)