
“...Tão somente amigas”?: pensando o queer em "Todos nós adorávamos caubóis", de Carol Bensimon
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 25; Issue: 1 Linguagem: Português
10.5007/2175-7917.2020v25n1p101
ISSN2175-7917
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO presente artigo propõe uma investigação teórica das interações entre teoria queer e as discussões sobre identidades ao analisar o romance brasileiro Todos nós adorávamos caubóis de Carol Bensimon, publicado em 2013. Partindo de uma discussão sobre a heteronormatividade (MISKOLCI, 2016), elabora-se um comentário sobre a teoria queer e sua política pós-identitária buscando destacar não só a metáfora da viagem dentro da narrativa selecionada, mas também a fragmentação e o deslocamento das identidades das protagonistas, Cora e Júlia, durante a sua road trip pelo interior do Rio Grande do Sul. Traçando pontes e limites entre a teoria queer e os estudos gays e lésbicos, discute-se como uma leitura do romance de Bensimon é sintomática das proposições da própria indefinibilidade teórica da teoria queer como forma de investigação do cenário literário contemporâneo. Privilegiam-se, entre outros, as contribuições teóricas de Carla Rodrigues (2009), Linda Hutcheon (2003), Steve Seidman (2004), Diane Richardson (2006) e Guacira Lopes Louro (2016) para a discussão proposta.
Referência(s)