De regresso à geologia de Angola: II. O Meso-Cenozoico da Bacia de Benguela
2020; Volume: 8; Issue: 2 Linguagem: Português
10.24927/rce2020.028
ISSN2183-9697
Autores Tópico(s)Geological and Geochemical Analysis
ResumoTranspusemos a belíssima praia do Tapado1 e encontramo-nos em plena Província de Benguela, na chamada Bacia de Benguela. Uma espécie de Sub-bacia do Cuanza, que se distingue por critérios estruturais, mas cuja definição dá bastante jeito ao geólogo e especialmente ao estratígrafo2,3. Este último, o especialista que tem por missão ler a geometria dos sedimentos e interpretar a evolução dos acontecimentos geológicos ocorridos. É que, ultrapassados o Bengo e grande parte do Cuanza Sul, o enchimento sedimentar onshore da grande Bacia do Cuanza resume-se a uma estreita banda de poucos quilómetros de largura. Mas, de forma inversa, para além de uma menor afetação tectónica comparativamente à região do Sumbe, o que normalmente dificulta a observação e muito mais a interpretação sedimentológica, definem-se nesta área alguns dos melhores afloramentos do Cretácico Inferior de toda a margem angolana3,4,5. Onde se incluem as formações do Cuvo, Catumbela e Quissonde. As várias missões aqui realizadas, sempre num ritmo mais acelerado do que o desejável, permitiram regalar o olho e partilhar um cheirinho dos aspetos geomorfológicos, estratigráficos e sedimentares mais relevantes6. Poderiam ser muitos outros, mas a presente viagem passará apenas pelos lugares de Egito-Praia, Praia da Hanha, Lobito, Catumbela, Caotinha e Dombe Grande.
Referência(s)