
Situação socioeconômica e do bem-estar das mulheres extrativistas na Ilha de Marajó, Brasil
2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 7 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v9i7.5203
ISSN2525-3409
AutoresLeila Cristina Ferreira Rocha, Raynon Joel Monteiro Alves, Altem Nascimento Pontes, Aliã Samai Barros Silva, Merilene do Socorro Silva Costa, Pedro Silvestre da Silva Campos, Leidiane Ribeiro Medeiros, Matheus Gabriel Lopes Botelho, Layse Gomes Furtado,
Tópico(s)Natural Resources and Economic Development
ResumoEste estudo foi realizado com as extratoras de óleo de andiroba associadas à Cooperativa Ecológica de Mulheres Extrativistas da Ilha de Marajó-PA, a fim de determinar o perfil socioeconômico dessas trabalhadoras e a satisfação delas em relação aos atributos desse sistema cooperativo. A amostra foi composta de 26 mulheres de diferentes localidades da Ilha de Marajó: Ponta de Pedras, Jagarajó e Marajó Ité. A coleta de dados realizou-se por meio de formulários estruturados, posteriormente submetidos à estatística descritiva e cujas variáveis foram utilizadas para o cálculo do Índice de Avaliação das Cooperadas (IAC). Os resultados indicaram que essas mulheres, em sua maioria, têm baixa escolaridade. A pesca artesanal é praticada paralelamente ao trabalho tradicional de extração de óleo por grande parte das trabalhadoras que, juntamente com o Programa Bolsa Família, contribui para a complementação de renda mensal de 1 salário mínimo e, inclusive, essas mulheres manifestaram interesse em cursos profissionalizantes livres. Nenhuma cooperada recebe benefícios sociais da referida cooperativa. Além de que a infraestrutura local, a organização da cooperativa, a renda obtida pela comercialização do óleo vegetal e a atuação da liderança causam insatisfação nessas cooperadas, enquanto que o óleo de andiroba extraído foi avaliado positivamente, imprimindo nesse sistema cooperativo a avaliação razoável, segundo o IAC calculado. No mais, essas mulheres têm mostrado que é possível auferir renda com produtos da floresta, mas precisam de políticas públicas que assegurem condições mínimas de trabalho.
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