
Conhecimento etnoveterinária dos produtores rurais dos municípios de Cacoal e Espigão D’Oeste/Rondônia
2020; Escola Superior de Sustentabilidade; Volume: 11; Issue: 4 Linguagem: Português
10.6008/cbpc2179-6858.2020.004.0036
ISSN2179-6858
AutoresSandro de Vargas Schons, Kaisa Freitas de Araujo, Ãtila Bezerra de Mira, Mariana Ferraz Rodrigues, Ezequiel Ferreira Barbosa, Kelly Cristina Barbosa, Francisco Carlos da Silva,
Tópico(s)Rural Development and Agriculture
ResumoObjetivo deste trabalho foi identificar e analisar o conhecimento etnoveterinária praticado em pequenas propriedades rurais localizadas nos municípios de Cacoal e Espigão D’Oeste/Rondônia. Para tal, realizaram-se visitas a 82 propriedades de agricultura familiar, para entrevistar os proprietários sobre as espécies medicinais usadas, formas de armazenamento, de uso, parte da planta e espécie animal tratada, assim como a origem do conhecimento etnobotânico e etnofarmacológico, por meio de um questionário semiestruturado com questões fechadas e abertas. Do total de propriedades visitas, 54 relataram o uso frequente de plantas medicinais em animais, sendo identificadas 24 espécies para tratar nove diferentes patologias. Os bovinos foram a espécie com maior número de relato de tratamento, seguidos dos cães, aves e equinos. A principal via de administração utilizada foi por via oral por meio do chá de folhas, cascas e/ou raízes, ou misturados ao alimento. Neste estudo, observou-se que o conhecimento etnoveterinário é adquirido principalmente pela experiência trazida pelas gerações mais antigas, motivado, também, pela redução da contaminação do alimento por resíduos de medicamentos e baixo custo de tratamento. Das plantas citadas pelos entrevistados, se destacaram com maior valor de uso a copaíba, nim, melão-de-são-caetano e arnica, demonstrando assim o comum emprego desta prática, principalmente apoiada no resgate do conhecimento tradicional trazido pelos migrantes vindos de outras regiões do Brasil, com a cultura local.
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