
Autoavaliação e Autodefinição de Carolina Maria de Jesus na obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada
2020; UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA; Volume: 1; Issue: 36 Linguagem: Português
10.26512/emtempos.v1i36.31782
ISSN2316-1191
Autores Tópico(s)Youth, Politics, and Society
ResumoO presente artigo pretende analisar a obra “Quarto de Despejo” de 1960 de Carolina Maria de Jesus a partir de uma visão interseccional proposta pelo feminismo negro. Com isso, objetivamos perceber como o olhar oposicional se faz presente na obra de Carolina de Jesus e como essa é uma das representações de mulheres negras nesse contexto histórico. Para isso, utilizaremos as categorias de análise propostas por Patricia Collins de autoavaliação e autodefinição das mulheres negras, pois, na obra em questão, temos as memórias de Carolina, mulher negra e periférica que constantemente avalia sua vida e seu cotidiano precário; sem travamentos, enxergando, definindo e escrevendo a realidade do seu grupo social e, dessa maneira, autoavaliando e autodefinindo suas memórias. Dessa forma, caminhamos para perceber o potencial transformador que o olhar oposicional de mulheres negras, apoiado em suas realidades e contextos diversos, podem dizer sobre si e sobre o seu coletivo.Â
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