Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Memória de homens sobre a convivência com o consumo habitual do álcool

2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 7 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v9i7.4888

ISSN

2525-3409

Autores

Pamella Bispo Botelho, Andréa Souza Santos, Edméia Campos Meira, Vanessa Thamyris Carvalho dos Santos, Laiza Carvalho Costa, Larissa de Oliveira Vieira, Vanda Palmarella Rodrigues, Larissa Campos Meira,

Tópico(s)

Science and Education Research

Resumo

Introdução: No contexto brasileiro, observa-se consumo significativo e progressivo de álcool e outras drogas em todas as classes sociais, esta prática é considerada um dos principais fatores que afetam a saúde da população. Assim, o objetivo deste estudo é compreender o sentido da memória de homens sobre a convivência com o consumo habitual do álcool. Método: estudo qualitativo, exploratório, fundamentado na História Oral Temática. Colaboraram com o estudo seis homens alcoolistas residentes no interior da Bahia, quatro usuários de um Cento de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas e dois residentes em uma comunidade periférica, atendidos por uma equipe da Estratégia Saúde da Família. As lembranças foram evocadas utilizando-se a técnica de entrevista semiestruturada no período entre abril e junho de 2019. O conteúdo dos relatos orais foi analisado por meio da técnica de análise de conteúdo. Resultados: Os colaboradores referiram-se ao consumo habitual do álcool como um processo consolidado ao longo da vida, iniciado, precocemente, na infância e na adolescência, até gerar dependência. Na vida adulta, impactos negativos foram perceptíveis na dinâmica familiar, no mundo do trabalho, nas finanças, no comportamento, na percepção do outro e na autopercepção. A trajetória de vida com o álcool resultou numa velhice destituída de projetos e sem vínculos familiares. Conclusões: Tomando-se como ponto de partida os relatos orais de homens alcoolistas participantes deste estudo, os sentidos atribuídos ao alcoolismo estiveram associados às relações interpessoais perpassando por uma trajetória de inclusão familiar e social, a exclusão e de sensações ambíguas do contentamento, ao sofrimento.

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