
A COR DA PELE: POESIA E DIREITOS HUMANOS
2020; UNIVERSIDADE VALE DO RIO VERDE; Volume: 17; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1807-8591
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste trabalho tem como objetivo refletir sobre aspectos sociais da poetica de Adao Ventura na obra A cor da pele . Sua poesia representa um individuo amargurado pela injustica e marcado pela cor da pele. A voz de revolta e analisada pela pertinencia do seu discurso que denuncia a privacao dos direitos do negro na sociedade de hegemonia branca. Para analise da escrita, sao usadas obras que abordam literatura, sociedade e preconceito. As teorias se articulam como argumentos em favor das reflexoes em prol da associacao entre literatura e direitos humanos, proposta de forma central por Antonio Candido. Observa-se que os versos do poeta apresentam um movimento dinâmico em que o exercicio do direito de se expressar desperta a reflexao sobre a importância de se fazerem valer os direitos de todo individuo, independente de falsas valoracoes baseadas em etnias e outros equivocos. A forca das metaforas revela-se proporcional ao sofrimento do elemento afrodescendente proscrito da sociedade brasileira, contradizendo os fundamentos constitucionais dos direitos de todo cidadao. As vozes da Africa sao simbolizadas como ecos no intimo do eu negro, que se expressa como quem mostra a propria ferida ao seu algoz.
Referência(s)