“Zonas de Não Ser”: mulheres negras sem-teto e deslocamento nos Estados Unidos
2020; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 18; Issue: 46 Linguagem: Português
10.12957/rep.2020.52017
ISSN2238-3786
AutoresChristen A. Smith, Michaela Machicote,
Tópico(s)Housing, Finance, and Neoliberalism
ResumoAs mulheres negras, silenciadas, invisíveis e pobres da classe trabalhadora lutam apenas para sobreviver em Austin, Texas, EUA. Este artigo argumenta que as experiências das mulheres negras sem teto e a discriminação habitacional nos Estados Unidos indicam que a gentrificação não é apenas um processo social limitante, mas também mortal. Existe uma relação niítida, porém implícita, entre gentrificação e a supremacia branca patriarcal estrutural e interpessoal. Esse processo racializado de renovação da cidade também tem um gênero agudo. Existe uma relação dialética entre gentrificação e o apagamento específico de mulheres negras do espaço público. Em nenhum lugar isso é mais evidente do que nas experiências das mulheres negras sem-teto. Essas mulheres em Austin ocupam uma “zona de não-ser” em que não têm direitos à cidade, espaço territorial doméstico e pouco ou nenhum acesso a serviços sociais. Palavras-chaves: mulheres negras; sem-teto; discriminação habitacional; Estados Unidos, gentrificação.
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