
CELESTINO ALVES: UM POETA SERTANEJO E O DILEMA DAS SECAS
2020; UNIVERSIDADE EST.PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO; Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português
10.18223/hiscult.v9i1.3104
ISSN2238-6270
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoMuitas noções a respeito do que é “sertão” são propagadas por diversas produções culturais. O artigo analisa os poemas do livro O Nordeste e as Secas, do norte-rio-grandense Celestino Alves, observando especialmente a ênfase colocada na relação entre o sertão nordestino e o fenômeno das secas. Destacam-se como elementos presentes nos poemas: o sertão como um lugar de sofrimento causado pela seca; a noção do sertanejo como um homem forte, moldado pela aspereza do espaço no qual está inserido; o sertão como um mundo essencialmente rural, além de ser um espaço marcado pela dualidade (um dia tragédia, no outro felicidade), do qual se precisa partir para sobreviver e, em razão disso, espaço da saudade. Vê-se, portanto, um alinhamento com muitas noções propagadas por uma forma de representação que se tornou hegemônica no imaginário brasileiro acerca desse recorte espacial.
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