
ANÁLISE GEOGRÁFICA DA COVID-19 EM MARINGÁ/PR
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Linguagem: Português
10.14393/hygeia0054628
ISSN1980-1726
AutoresOséias da Silva Martinuci, Udelysses Janete Veltrini Fonzar, Jair Francisco Pestana Biatto, Ícaro da Costa Francisco, Ingrid Januário Augusto, Bianca Diana Gazola,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoO presente artigo objetiva caracterizar e analisar a introdução do vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, na cidade de Maringá-PR. Maringá é a segunda maior cidade do interior do estado e, como cidade média, desempenha importantes papéis regionais. Estudos e análises preliminares indicam que a doença se dissemina no território estreitamente associada às estruturas espaciais preexistentes. Os eixos econômicos mais vigorosos, identificados pelas rodovias de maior fluxo e as cidades com destacados papeis regionais, que sediam aeroportos com voos comerciais, modulam significativamente a direção e a intensidade nos novos casos. Apesar de se tratar de uma cidade específica no interior do Paraná, no presente texto podem ser reconhecidos padrões espaciais, processos e dinâmicas que conectam e determinam diferentes territórios. Para tratar dessas questões, o texto está composto por três partes: 1) contextualização da situação geográfica de Maringá; 2) caracterização e análise dos dados de casos confirmados e notificados no período de 18/03/2020 a 30/04/2020, e; 3) Análise dos principais fatores de risco à Covid-19 na escala intraurbana. A análise permite concluir que: 1) os primeiros casos confirmados na cidade de Maringá foram importados diretamente do exterior, sem mediação de São Paulo ou Curitiba; 2) No primeiro mês, os casos estiveram fortemente concentrados nas áreas mais valorizadas, onde se situam as classes com os maiores rendimentos; 3) Após o primeiro mês, contado a partir da confirmação do primeiro caso, iniciou-se a tendência de dispersão para as áreas mais vulneráveis da cidade. Esta breve análise fornece importantes características geográficas de processos pandêmicos, sua configuração e dinâmica espacial na escala intraurbana. Além disso, contém elementos importantes para pesquisas futuras não só da Covid-19, mas de eventos de saúde de modo geral.
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