
Aspectos sobre a saúde mental de agricultores ribeirinhos do baixo São Francisco em Alagoas
2020; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS; Volume: 5; Issue: 3 Linguagem: Português
10.17648/diversitas-journal-v5i3-952
ISSN2525-5215
AutoresVerônica de Medeiros Alves, Leilane Camila Ferreira e Lima Francisco, Alice Correia Barros, Izabelly Carollynny Maciel Nunes, Themis Jesus Silva, Emerson Carlos Soares, Elton Lima Santos,
Tópico(s)Occupational Health and Safety Research
ResumoO objetivo desta pesquisa foi avaliar os aspectos da saúde mental de trabalhadores agrícolas ribeirinhos da região do baixo São Francisco, Alagoas, Brasil. Justifica-se a importância deste estudo pelo aumento de casos de Transtornos Mentais Comuns (TMC) em várias partes do mundo e no Brasil. Além disso, trata-se de um tema complexo que envolve o trabalho agrícola familiar e sua relação com a degradação, assoreamento e diminuição de vazão de água do Rio São Francisco, que impacta diretamente na produção e geração de renda desses trabalhadores. Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo descritivo transversal. A amostra foi constituída por 43 trabalhadores de agricultura familiar residentes em Porto Real do Colégio, Igreja Nova, Penedo e Piacabuçu. Para a coleta de dados referentes aos problemas de saúde mental, foi utilizado o questionário com variáveis sociodemográficas e o questionário de identificação de distúrbios psiquiátricos em nível de atenção primária Self Report Questionnaire (SRQ-20). Os resultados da pesquisa foram analisados no pacote estatístico SPSS versão 20. Utilizou-se estatística descritiva com nível de significância de 5%. A pesquisa identificou uma frequência de 7 (16,3%) pessoas com TMC. Os itens do instrumento com maiores afirmações positivas foram: Falta de apetite; sente-se nervoso, tenso ou preocupado; cansa-se com facilidade; dor de cabeça frequente; assusta-se com facilidade, tem sensações desagradáveis no estômago. A maioria era do sexo masculino (40- 93%), casado (28 – 65,1%), cultivava arroz (13 – 30,2%) e trabalhava com pesca (7 – 16,3%). Esta pesquisa identificou um considerável número de pessoas com TMC, onde os itens do instrumento utilizado apontam para a necessidade de se promover um cuidado voltado aos sinais e sintomas de ansiedade que podem estar presentes nessa comunidade. Dessa forma, este estudo pode oferecer subsídios para a adoção de políticas públicas de promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores de agricultura familiar.
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