
Tratamento anaeróbio de dejetos orgânicos para remoção de poluentes e patôgenos provindos de suinocultura na Universidade Estadual do Ceará
2020; Brazilian Journal of Development; Volume: 3; Issue: 3 Linguagem: Português
10.34188/bjaerv3n3-039
ISSN2595-573X
AutoresJohn David Oliveira de Lima, Oriel Herrera Bonilla, Carlos Píffero Câmara,
Tópico(s)Agricultural and Food Sciences
ResumoA inexistência de tratamento dos dejetos provenientes das suinoculturas do Brasil representa grande risco para a qualidade de vida das pessoas e ao meio ambiente. Esse trabalho objetivou implantar e avaliar o tratamento anaeróbio em tanque séptico construído para estabilização de dejetos suínos despejados anteriormente sem tratamento na área experimental do Núcleo de Estudos e Práticas Permaculturais do Semiárido (NEPPSA) da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O sistema foi projetado adaptando a realidade do plantel suíno com as normas disponíveis pela NBR 7229/93 através da construção de tanque séptico com três câmaras interligadas obtendo capacidade total de 24,5m³. No terceiro mês após a ativação do sistema foi realizado a análise laboratorial do efluente final, pós-tratamento, utilizando o método proposto pela legislação em vigor para infiltração direta no solo e dados disponíveis por outras fontes cientificas. A DQO, amônia e materiais sedimentáveis tiveram valores acima do permitido pela legislação (PORTARIA 154/2002). Entretanto, demonstraram redução comparativa considerável acerca de estudos semelhantes. Já os parâmetros: microbiológicos, parasitológicos e pH apresentaram valores satisfatórios, pois evidenciaram dados menores que os descritos pela legislação. A construção de um filtro de areia, a inserção de biocatalizador e o monitoramento do sistema são fundamentais para o funcionamento adequado, além de possibilitarem a utilização segura como biofertilizante agrícola. Diante disto, este trabalho visa contribuir para que as suinoculturas possam rever suas metodologias de despejos dos dejetos suínos através de atitudes sustentáveis e reaproveitar seus resíduos de forma a não comprometer os recursos naturais.
Referência(s)