Artigo Acesso aberto Produção Nacional

ENTRE UTOPIAS, APORIAS E GOVERNOS

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 9; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34024/pensata.2020.v9.10181

ISSN

2237-678X

Autores

Michelli de Souza Ribeiro,

Tópico(s)

Social and Economic Solidarity

Resumo

Se os sentidos da palavra Utopia, em sua pretensa positividade, emergiram com a publicação da Utopia de Thomas More, em 1516, que ao cunhá-la nomeou um conjunto de instituições sociais e políticas que, aparentemente, instituiriam a república ideal, sugiro uma (re)leitura historicamente situada do referido livro à luz da violência “etnocida” (Pierre Clastres) subjacente à descrição literária da fundação de tal república ideal, desestabilizando, assim, os sentidos éticos de sua constituição. Em seguida, desloco-me por entre as relações da “sociedade” utopiana, propriamente ditas, interrogando-as quanto às possíveis “sujeições”, que, produzidos pela articulação de diferentes modalidades de governo possibilitariam a apreensão de fragmentos de uma certa racionalidade política cujos primeiros contornos, segundo Michel Foucault, remontariam ao século XVI.

Referência(s)