
A memória coletiva como heterotopia
2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 15; Issue: 29 Linguagem: Português
10.11606/issn.1980-4466.v15i29p68-95
ISSN1980-4466
AutoresFernanda Cristine dos Santos Bengio, Flávia Cristina Silveira Lemos, Margarete Cordeiro dos Santos,
Tópico(s)Urban and Rural Development Challenges
ResumoBuscou-se neste artigo apresentar uma análise da memória coletiva sobre o bairro da Campina, na cidade de Belém, Pará, como uma heterotopia afirmada pela construção da Belém da Saudade que se assenta nas evocações mnemônicas da belle époque. A sustentação teórica e metodológica do texto foi construída a partir das contribuições de Michel Foucault, Ecléa Bosi, Maurice Halbwachs e Michel Pollak. Foi traçada uma análise arqueogenealógica do espaço patrimonializado, a qual foi costurada pela problematizaçãoda memória coletiva sobre ele e seus efeitos. Para dar corpo a esta pesquisa, foram trazidos recortes das entrevistas realizadas com moradores e ex-moradores de Campina. O mapeamento discursivo aponta a memória coletiva como dispositivo afetivo diretamente relacionado às práticas de cuidado com o bairro, bem como à produção de heterotopias, com seus sistemas de abertura e fechamento, que modulam os usos do espaço, bem como a relação entre os sujeitos.
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