
GRAMSCI E O FASCISMO
2020; Volume: 4; Issue: 4 Linguagem: Português
10.36311/2526-1843.2019.v4n4.p9-20
ISSN2526-1843
Autores Tópico(s)Political theory and Gramsci
ResumoO presente texto buscou compreender o tratamento de Antonio Gramsci ao fascismo italiano, no marco da complexidade, indicando elementos de sua origem, implementação e consequências políticas e sociais para a Itália e Europa. Gramsci o define como uma expressão política ocidental no momento em que as classes dominantes estão fragmentadas e fragilizadas na relação com os grupos subalternos. Também indica que opensador não admite simplificações na leitura de um fenômeno que deve ser compreendido pela dialética, uma vez que possui suas mediações em todas as dimensões sociais, incluindo o campo cultural. De outro lado é também a indicação do limite das classes dominantes por não conseguirem produzir a ampla sociabilidade, tendo que impor seus projetos via coerção dos grupos subalternos. É um movimento que se expressa como revolução passiva ou “revolução-restauração” e incorpora, especialmente a partir de 1900, o modelo da cooptação de grupos inteiros para o projeto das classes dominantes, também conhecido como transformismo. Recebido em 13 de junho de 2019Aprovado em 30 de junho de 2019Editado em 10 de setembro de 2019
Referência(s)