Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O Pensamento Econômico Católico

2020; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 9 Linguagem: Português

10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2020.173506

ISSN

2447-9020

Autores

Bruno Fernandes Dantas Mamede,

Tópico(s)

Religious and Theological Studies

Resumo

Neste artigo[1] buscamos fazer um compêndio das principais ideias que nortearam o chamado Pensamento Econômico Católico, do seu surgimento, fruto da reflexão escolástica, a sua fragmentação, ligada às circunstâncias impostas pela Segunda Guerra Mundial. A reflexão católica sobre o funcionamento da economia constitui um capítulo pouco explorado pelo campo da História das Ideias e, especificamente, pela História do Pensamento Econômico. As primeiras contribuições sistemáticas, nesse sentido, são feitas pelos escolásticos, de Santo Tomás de Aquino até os intelectuais da Escola de Salamanca, buscando, de forma geral, posicionar a moral católica frente às transformações econômicas geradas pelo Renascimento Comercial e Urbano, entre os séculos XI e XIII. A sequência de acontecimentos históricos, como as grandes navegações, o surgimento de novas rotas de comércio, a colonização da América, e a consolidação do capitalismo mercantil exigiu que a Igreja Católica continuasse a pensar sobre os problemas advindos dessas novas dinâmicas econômicas. De acordo com a necessidade, as elites intelectuais do catolicismo se revezaram na busca da “cristianização” da economia, ora de forma mais intensa, ora com longos intervalos de silêncio, até que se estrutura de formas mais palpáveis entre os séculos XIX e XX. [1] O texto a seguir compõe uma parte do primeiro capítulo da dissertação que defendemos no Programa de Pós-Graduação em História Econômica da USP em 2019, intitulada “O Pensamento Econômico Católico e a Doutrina Social da Igreja: As contribuições de Joseph Ratzinger-Bento XVI”.

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