
Entre travessias e escuridão: notas sobre os espectros (i)migrantes em Border
2020; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 27; Issue: 1 Linguagem: Português
10.12957/logos.2020.49289
ISSN1982-2391
AutoresRicardo Lessa Filho, Frederico Vieira,
Tópico(s)Migration, Racism, and Human Rights
ResumoO artigo se propoe pensar, atraves das imagens de Border (2004), filme dirigido por Laura Waddington, a questao dos refugiados na periferia da regiao francesa de Sangatte, local que recebe diariamente fluxos incontaveis de imigrantes de todos os cantos. Nestas imagens, buscamos aproximar os refugiados com a questao dos espectros – estes seres de outra parte e de outro tempo que o mundo ocidental busca refutar, excluir de todas as maneiras –, como tambem com a questao da hospitalidade historicamente negada a estas vidas ja tao dilaceradas pelas fugas da morte, da guerra, e que nao desejam outra coisa senao uma nova possibilidade – uma nova terra – para poder recomecar suas vidas. Theodor Adorno (e o “ideal do negro”), Hannah Arendt (e o seu ensaio pouco conhecido sobre os refugiados), Jacques Derrida (e o seu livro sobre os espectros e sobre a hospitalidade), Marielle Mace (via conceitos siderar e considerar ) e Georges Didi-Huberman (suas exposicoes sobre os refugiados e sobre a sobrevivencia dos vagalumes) iluminam, sem duvida, a tentativa teorica e morfologica do presente texto.
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