Artigo Acesso aberto

O sínodo para a Amazônia: entre conveniência pastoral e audácia socioecológica

2020; Volume: 8; Issue: 12 Linguagem: Português

10.7213/cd.a8.n12.p35-45

ISSN

2595-8208

Autores

Paulo Suess,

Tópico(s)

Migration, Racism, and Human Rights

Resumo

O macro bioma Pan-Amazônia exige cooperação, solidariedade e justiça mundial. Essa é a causa proposta pela encíclica Laudato si’ e o sínodo para a Amazônia. Na avaliação desse sínodo, que se realizou entre os dias 6 e 27 de outubro de 2019 em Roma, dois documentos são particularmente importantes: o Documento final (DSA) com as conclusões da assembleia sinodal, e a exortação apostólica pós-sinodal Querida Amazônia (QA) do papa Francisco. Ambos os documentos precisam ser articulados entre si, embora o texto dos padres sinodais tenha somente um valor consultivo. A exortação Querida Amazônia, em seus três primeiros capítulos, mostra uma ressonância profética do sínodo, colocando a encíclica Laudato si’ no contexto da Amazônia. No entanto, decisões internas da Igreja católica que poderiam, na quarta parte do texto, fortalecer essa contextualização e sua bandeira ecológica e sociocultural, por meio de uma presença ministerial mais adequada, aguardam não só a luz verde do papa, mas sobretudo a reivindicação regional corajosa da voz do povo de Deus e dos pastores. A esperança não é a última que morre. Ela é, como nos diz Péguy, “a filha menor de Deus”, é “como um rio inesgotável” – como o rio-mar Amazonas.

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