Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A visão de Deus em A Cor Púrpura de Alice Walker e O Bode Expiatório de Bernard Malamud

2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 9 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v9i9.7579

ISSN

2525-3409

Autores

Hélio Dias Furtado,

Tópico(s)

Jewish and Middle Eastern Studies

Resumo

Os ensinamentos religiosos que fazem parte da herança da humanidade estão constantemente sendo reinterpretados à medida que a realidade e os valores humanos vão mudando. Nesse processo, a literatura também dá a sua contribuição, questionando alguns valores e revelando o seu caráter de imposição e dominação social. Nesse trabalho, nós vamos analisar como isso acontece em dois romances de escritores norte-americanos, A cor púrpura, de Alice Walker e O bode expiatório (The Fixer), de Bernard Malamud. Sendo oriundos de grupos étnicos diferentes, esses escritores questionam a representação tradicional de Deus a partir da realidade de seu grupo social, Walker da perspectiva de uma feminista e ativista negra enquanto que Malamud o faz da perspectiva do judaísmo. O questionamento deles será determinado pelas injustiças que seus grupos sofrem enquanto minorias sociais. Ao final, veremos que, apesar de virem de meio sociais diferentes, na raiz do questionamento dos dois escritores está o ideal de luta pela própria liberdade que é um valor tão forte na cultura norte-americana. Assim, esse se torna o parâmetro e a medida para se questionar noções religiosas seculares nos romances desses autores.

Referência(s)