
METÁFORAS DE UM VÍRUS: REFLEXÕES SOBRE A SUBJETIVAÇÃO PANDÊMICA
2020; Associação Brasileira de Psicologia Social; Volume: 32; Linguagem: Português
10.1590/1807-0310/2020v32240308
ISSN1807-0310
AutoresMário Felipe de Lima Carvalho, Anna Clara da Rocha Luz, Bruna Rossigneux Paulino, Camilla Cristine Ignacio Ferreira,
Tópico(s)African Studies and Ethnography
ResumoResumo O presente artigo visa explorar diferentes metáforas acionadas na primeira fase da pandemia do novo coronavírus no Brasil, inspirado na obra de Susan Sontag, A doença como metáfora. As metáforas são ferramentas centrais nos processos de subjetivação da pandemia, do vírus que a causa e da doença que ela materializa. O material empírico que sustenta nossas reflexões vem de encontros semanais de um grupo terapêutico que passamos a conduzir on-line com as medidas de isolamento social no país, e de observação participante nas redes sociais da internet. Com base nisso, pensamos em quatro chaves de metáforas: o (in)visível, o mascarado, o divino e o isolado. A partir dessas categorias, é possível refletir sobre questões como sofrimento ético-político, resistência subjetiva, luto, negação, melancolia e megalomania, presentes nos modos de subjetivação da pandemia.
Referência(s)