
ENCRUZILHADAS DO CINEMA BRASILEIRO: MITO, RELIGIÃO E IMAGINÁRIO AMAZÔNICO NO FILME "ELE, O BOTO (1987)"
2020; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português
10.33871/19805071.2020.22.1.3305
ISSN1980-5071
AutoresDouglas Junio Fernandes Assumpção, Hertz Wendel de Camargo,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoMatinta Perera, Boto, Curupira, Cobra Grande dentre outros contos amazônicos então mergulhados na memória individual e coletiva daqueles que integram e convivem na região. Os mitos amazônicos carregam em sua essência uma potencialidade constituída não antes, mas durante o seu movimento na história, conforme os sentidos postos em circulação provenientes de diferentes imaginários Portanto, pretendemos apontar, neste trabalho, quais elementos da mitologia umbandística – em especial o mito do Malandro, o mais conhecido trickster nacional, Zé Pelintra – se aproximam do mito amazônico do Boto. Para tanto, partiremos de um estudo antropovisual do filme Ele, o Boto (1987), direção de Walter Lima Junior. A combinação de perfis de ambos os personagens possibilita repensar Zé Pelintra e o Boto de forma semelhantes onde as personagens possuem uma carga mítica igualitária que os caracterizam como, em primeiro lugar, uma figura "real" e outro, neste caso o Boto, como uma adaptação de Zé Pelintra para o contexto Amazônico qual foi forjado através expressão da sociedade dando-lhe características culturais locais e traduzidas na linguagem cinematográfica.
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