
Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley
2020; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 55; Issue: 2 Linguagem: Português
10.15448/1984-7726.2020.2.36435
ISSN1984-7726
AutoresMarcia Geralda Almeida, Marisa Corrêa Silva,
Tópico(s)Psychoanalysis, Philosophy, and Politics
ResumoEste artigo objetiva uma (re)leitura do romance distópico de Aldous Huxley, intitulado Admirável Mundo Novo, a fim de discutir o conceito de mito da formação do par amoroso. Esse conceito é proposto pelo filósofo esloveno Slavoj Žižek, um dos disseminadores do Materialismo Lacaniano, que parte dos pensamentos do psicanalista Jacques Lacan atrelados ao Materialismo Dialético para discutir diversas questões como política, cinema e etc. Portanto, trata-se de um trabalho qualitativo, de cunho bibliográfico, baseado nas teorias de Slavoj Žižek e no materialismo lacaniano. Žižek apresenta o mito da formação do par amoroso como uma ramificação do mito familiar da ideologia, que funciona como um poderoso mecanismo de disseminação ideológica, muito utilizado no universo cinematográfico, principalmente hollywoodiano. A partir das discussões de Žižek, verificou-se que Admirável Mundo Novo nega a formação do par amoroso, pois cria a expectativa de formação do casal, para negá-la em seguida.
Referência(s)