
Medeia e Gota D'Água
2018; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português
10.11606/issn.2594-9632.geoliterart.2018.174360
ISSN2594-9632
Autores Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoEm Medeia (Sêneca), a mãe, Medeia, contra o desterro, mata os filhos; em Gota D’Água (Chico Buarque e Paulo Pontes), Joana, a Medeia carioca-brasileira, mata os filhos como “solução” final contra o despejo. Ambas, tragédias! Será? Aqui propomos pensar as mortes como “linhas de fuga” deslocando as tragédias para os mundos da normalidade e da normatividade do reino gerido pelo rei (Medeia) e do conjunto habitacional controlado pelo dono (Gota D’Água). Em uma e em outra narrativa as mortes criam espaços em desvario, denunciando que as vidas são mais que objetos a serem comandados por forças de linhas duras ou segmentares, e inventam, extraordinariamente, um devir-vida sem culpa.
Referência(s)