
O FRENÉTICO COMPASSO DA VALSA NEGRA: ASPECTOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO ROMANCE DE PATRÍCIA MELO
2020; Volume: 16; Issue: 38 Linguagem: Português
10.48075/rt.v16i38.24089
ISSN1981-4674
AutoresAna Maria Soares Zukoski, André Eduardo Tardivo, Wilma dos Santos Coqueiro,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise interpretativa a respeito das particularidades da violência contra a mulher presentes no romance Valsa Negra (2003) de Patrícia Melo. Na obra, acompanhamos o narrador e protagonista em sua tentativa de controlar e objetificar sua nova esposa, Marie. Aos poucos, desnudam-se na obra inúmeros aspectos das mais variadas formas de violência contra a mulher: simbólica, doméstica e até mesmo física. Quanto mais inseguro o personagem se sente, maior o controle que tenta exercer sobre Marie, chegando a tomar medidas drásticas. À luz dos pressupostos teóricos da Crítica Feminista e dos Estudos de Gênero, abordados por pesquisadores/as como Bonnici (2007), Duarte (1997), Campos (1992), Muraro (1995), Nascimento, Gomes e Rebello (2009), discorremos sobre características do relacionamento abusivo que protagoniza a obra.ReferênciasBÍBLIA SAGRADA. Tradução de Ivo Storniolo, Euclides Martins Balancin e José Luiz Gonzaga do Prado. São Paulo: Paulus, 1997. 1631 p. Velho Testamento e Novo Testamento.BONNICI, T. Teoria e crítica literária feminista: conceitos e tendências. Maringá: Eduem, 2007.CAMPOS, M. C. C. Gênero. In: JOBIM, José Luis (org.). Palavras da crítica. Rio de Janeiro: Imago, 1992.DUARTE, C. L. O Cânone e a autoria feminina. Revista Tempo Brasileiro: As aporias do cânone. Rio de Janeiro, n. 129. Abril-junho de 1997, pp. 53-60.FREYRE, G. Sobrados e Mucambos.12. ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.MELO, P. Valsa negra. Rio de Janeiro: Rocco, 2010.MURARO, R. M. A mulher no terceiro milênio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1995.NASCIMENTO, E. F. do; GOMES, R.; REBELLO, L. E. F. de S. Violência é coisa de homem? A “naturalização” da violência nas falas de homens jovens. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 4, Ago 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttextpid=S1413-81232009000400021. Acesso em: jan. 2019.RITT; C. F.; CAGLIARI, C. T. S; COSTA, M. M. da. Violência cometida contra a mulher compreendida como violência de gênero. Disponível em: http://www.ufrgs.br/nucleomulher/arquivos/artigo_violencide%20genero. Acesso em: jan. 2019.SABADELL, A. L. Manual de Sociologia Jurídica: introdução a uma leitura externa do Direito. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.THERBORN, G. Sexo e poder: a família no mundo, 1900-2000. Tradução de Elisabete Dória Bilac. São Paulo: Contexto, 2006.TIBURI, M. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.ZINANI, C. J. A. Literatura e gênero: A construção da identidade feminina. 2.ed. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul, 2013.ZOLIN, L. O. Literatura de Autoria Feminina. In: BONNICI, T; ZOLIN, L. O. (orgs.). Teoria Literária: Abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3. ed. Maringá: Eduem, 2009.Recebido em 21-02-2020 | Aceito em 01-04-2020
Referência(s)