
Danças em terreiros: educação dos corpos para as giras na Quimbanda
2020; UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO; Volume: 21; Issue: 62 Linguagem: Português
10.12957/teias.2020.49498
ISSN1982-0305
AutoresRodrigo Lemos Soares, Mauro Dillmann,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoAs danças, em terreiros, são elementos constituintes de caracteres específicos de expressividade, elas reiteram identidades. O artigo em questão problematiza a educação dos corpos em relação às danças de exus e pombagiras, em terreiros de Quimbanda, na cidade do Rio Grande/RS. Utilizei, para tanto, conceitos como educação dos corpos e danças, para discutir sobre estas manifestações em terreiros de Quimbanda. As danças em terreiros, especificamente, as de exus e pombagiras, estão vinculados com noções acerca do que significa ser um sujeito religioso, que pertence a um local específico, uma expressividade religiosa. Dançar, a partir das mitologias dos exus ou das pombagiras, é aqui entendido como acontecimentos socioculturais, que tem por base noções de pertencimento. O aporte teórico deste texto está centrado nos Estudos Culturais, na sua vertente pós-estruturalista e as narrativas foram produzidas a partir de entrevistas estruturadas, sendo os dados observados sob uma análise cultural. Considero, então, que as danças, compõem o aparato ritualístico dos terreiros, além disso, elas não possuem caráter único e sinalizam produções de identidades. Assim, especifico que dançar, nestes locais, é uma manifestação simbiótica entre entidades e sujeitos, a qual resulta em uma forma de expressão da religiosidade.
Referência(s)