
Intersetorialidade na saúde do trabalhador: velhas questões, novas perspectivas?
2020; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 25; Issue: 10 Linguagem: Português
10.1590/1413-812320202510.27572018
ISSN1678-4561
AutoresSelma Lancman, Maria Teresa Bruni Daldon, Tatiana de Andrade Jardim, Thainá de Oliveira Rocha, Juliana de Oliveira Barros,
Tópico(s)Global Public Health Policies and Epidemiology
ResumoResumo A construção da intersetorialidade em Saúde do Trabalhador (ST), apesar de fundamental, tem se mostrado como um desafio para este campo de saberes e práticas. O objetivo deste artigo é apresentar e discutir como o conceito de intersetorialidade é tratado nas políticas públicas em ST - em quais contextos ele é empregado, como é definido e quais são as diretrizes para sua efetivação. Pesquisa documental de abordagem qualitativa. Analisou-se documentos promulgados entre 1986 e 2015, acessados pelas bases de dados do Ministérios da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social, além dos sites da FUNDACENTRO e da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). Há uma clara liderança do setor saúde nos documentos que propõem a construção de intersetorialidade. Termos como ações integradas, articulação, diálogo e integração e, finalmente, intersetorialidade, foram sendo usados ora como sinônimos, ora como avanços conceituais, expressões genéricas, polissêmicas e supostamente consensuais. Apesar da evolução do conceito intersetorialidade nas políticas da área e da participação crescente dos diferentes setores nesta construção, observa-se serem poucas as proposições claras sobre a efetivação desta prática entre gestores e entre os trabalhadores que compõem o campo.
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