Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

COVID-19 no Nordeste brasileiro: sucessos e limitações nas respostas dos governos dos estados

2020; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 25; Issue: suppl 2 Linguagem: Português

10.1590/1413-812320202510.2.28642020

ISSN

1678-4561

Autores

Lígia Regina Franco Sansigolo Kerr, Carl Kendall, Antônio Augusto Moura da Silva, Estela M. L. Aquino, Júlia Moreira Pescarini, Rosa Lívia Freitas de Almeida, Maria Yury Ichihara, Juliane F. Oliveira, Thália Velho Barreto de Araújo, Carlos Antônio de Souza Teles Santos, Daniel Cardoso Pereira Jorge, Demócrito de Barros Miranda-Filho, Guilherme Santana, Lígia Gabrielli, Maria de Fátima Pessoa Militão de Albuquerque, Naomar de Almeida Filho, Natanael de Jesus Silva, Rafael Souza, Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, Celina Maria Turchi Martelli, Sinval Pinto Brandão-Filho, Wayner Vieira de Souza, Maurício L. Barreto,

Tópico(s)

COVID-19 impact on air quality

Resumo

Resumo No Brasil, a pandemia da COVID-19 tem sido severa nos estados das regiões mais pobres, como o Nordeste. A falta de políticas nacionais para controle da pandemia levou as autoridades estaduais e municipais a implementarem medidas de saúde pública. O objetivo deste estudo é mostrar o efeito dessas medidas na epidemia. A maior incidência da COVID-19 entre os nove estados do Nordeste foi registrada em Sergipe, Paraíba e Ceará. O Piauí, a Paraíba e Ceará foram os que mais testaram. Muitos estados apresentavam alta proporção de pessoas em trabalho informal. Estados com aeroportos internacionais tiveram importante papel na entrada e disseminação inicial do vírus, em especial o Ceará. Todos os estados aplicaram medidas de distanciamento social, proibição de eventos públicos e fechamento de unidades de ensino. As respostas foram o aumento significativo de distanciamento social, em especial Ceará e Pernambuco, a queda do número de reprodução (Rt) e a separação da curva dos casos observados da curva dos casos esperados sem as intervenções não medicamentosas em todos os estados. A pobreza, a desigualdade e as altas taxas de trabalho informal fornecem pistas do porquê da intensidade da COVID-19 na região. Por outro lado, as medidas de mitigação tomadas precocemente pelos governantes amenizaram os efeitos da pandemia.

Referência(s)