
Portadores da doença falciforme: reflexos da história da população negra no acesso à saúde
2020; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Volume: 14; Issue: 3 Linguagem: Português
10.29397/reciis.v14i3.1882
ISSN1981-6286
AutoresEdith María Barbosa Ramos, Paulo Roberto Barbosa Ramos, Márcia Haydée Porto de Carvalho, Delmo Mattos, Paulo Henrique de Freitas Dutra Júnior,
Tópico(s)Hemoglobinopathies and Related Disorders
ResumoA doença falciforme é a afecção genética mais prevalente no Brasil; de acordo com o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), nascem cerca de 3.500 (três mil e quinhentas) crianças por ano com hemoglobina S, uma das responsáveis pela doença, ou seja, 1/1.000 nascidos vivos no Brasil. Considerando o grau de sua incidência, é necessário observar o acesso à saúde possibilitado aos portadores dessa enfermidade, devendose analisar as difiuldades que aflgem esse segmento populacional e a efetividade das políticas públicas existentes para enfrentamento dessa hemoglobinopatia. Por meio de metodologia descritiva e explicativa, constatou-se que o segmento social acometido por essa doença se encontra historicamente associado aos afrodescendentes, dada sua origem mutante no continente africano em resposta à disseminação da malária, fato que conjuga a enfermidade com os fatores raciais de discriminação histórica da população negra. A falciforme foi utilizada, em certos casos, como fundamento para exclusão dos negros da sociedade, como argumento para segregação racial nos Estados Unidos e como fundamento para ideia de embranquecimento da população brasileira.
Referência(s)