
Incidência de vaginose bacteriana em usuárias de DIU de cobre – Revisão de Literatura / Incidence of bacterial vaginosis in copper IUD users - Literature Review
2020; Brazilian Journal of Development; Volume: 3; Issue: 5 Linguagem: Português
10.34119/bjhrv3n5-030
ISSN2595-6825
AutoresLaura de Oliveira Regis Fonseca, Fernanda Campos D’Avila, Victor Augusto Rocha Magalhães, Vivian Teixeira Andrade, Carlos Corrêa da Silva,
Tópico(s)Reproductive Health and Contraception
ResumoIntrodução: O DIU é um método contraceptivo reversível de longa duração, eficaz e seguro que vem sofrendo impopularidade atualmente pelo medo de infecções advindas de seu uso, como a vaginose bacteriana. Esta é uma infecção vaginal frequente em mulheres em idade reprodutiva, cujo principal sintoma é um corrimento vaginal branco ou acinzentado e com odor desagradável. Objetivos: Analisar a prevalência e a incidência de vaginose bacteriana (VB) em usuárias de dispositivo intrauterino (DIU) de cobre em diversos estudos, ao longo dos anos. Metodologia: Revisão de literatura de 17 artigos encontrados com os descritores “vaginose bacteriana” e “DIU de cobre” nas bases de dados CAPES, PubMED, SciELO, LILACS e em livros clássicos de ginecologia. Resultados e discussão: Os artigos que verificaram a associação de VB com o uso de DIU demonstraram que essa incidência pode ser considerada quando relacionada com outros fatores, entre eles, mulheres em idade reprodutiva, uso de ducha, ISTs, infecções preexistentes e a ocorrência de sangramento irregular nos primeiros 6 meses de uso do método. A taxa de incidência é reduzida com o passar dos meses da inserção e DIUs que foram utilizados anteriormente eram mais associados ao surgimento de infecções, o que demonstra a melhora significativa da técnica e dos procedimentos assépticos com o tempo. Logo, desde que a inserção desse método contraceptivo seja realizada sob estritas precauções de higiene, não há maiores riscos de infecções como a VB entre as usuárias de DIU de cobre. Conclusão: O uso do DIU de cobre mostra-se como um fator de risco de baixa incidência para o desenvolvimento de Vaginose Bacteriana. O conhecimento das técnicas de inserção e a realização de exame ginecológico completo antes da inserção do DIU é de fundamental importância na orientação e na realização das medidas de cuidados e de assepsia e contribuem significativamente para redução da incidência de VB.
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