Artigo Acesso aberto Revisado por pares

ARGAMASSAS DE TERRA VERSUS CONVENCIONAIS: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL CONSIDERANDO O CICLO DE VIDA

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 6; Issue: 4 Linguagem: Português

10.29183/2447-3073.mix2020.v6.n4.115-128

ISSN

2447-3073

Autores

Lucas Rosse Caldas, Rayane de Lima Moura Paiva, Adriana Paiva de Souza Martins, Romildo Dias Tolêdo Filho,

Tópico(s)

Sustainable Design and Development

Resumo

Foram avaliados os potenciais impactos ambientais associados a diferentes argamassas de terra sem e com estabilizantes químicos (cal hidratada e cimento Portland) e tais impactos foram comparados com aqueles apresentados pelas argamassas convencionais de cimento, cal e areia. Foi utilizada a metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), com o escopo do berço ao túmulo. Foram avaliadas quatro categorias de dano: Mudanças Climáticas, Saúde Humana, Qualidade dos Ecossistemas e Depleção de Recursos foram avaliadas. Os ligantes químicos constituíram os insumos mais impactantes para a produção de argamassas de terra estabilizada, quando a ênfase foi o desempenho ambiental. A vida útil do revestimento e o transporte da terra influenciaram significativamente as categorias de Saúde Humana e Qualidade do Ecossistema. Os revestimentos de terra, mesmo quando estabilizados, podem ter ganhos ambientais de até 80% para a categoria de Mudanças Climáticas, caso tenham a mesma vida útil que revestimentos convencionais. Portanto, esses revestimentos baseados em terra crua podem constituir uma alternativa com grande potencial ambiental para mitigação dos impactos associados aos revestimentos comumente aplicados nas edificações. Ressalta-se, entretanto, a necessidade de serem adequadamente especificados na etapa de projeto, assim como de utilizarem, sempre que possível, a terra disponível localmente.

Referência(s)