
DA “PEDAGOGIA DO NÃO” E DO “COGITO” DO SONHADOR, EM GASTON BACHELARD: PENSANDO UMA EDUCAÇÃO PARA A IMAGINAÇÃO
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 36; Linguagem: Português
10.1590/0102-4698231060
ISSN1982-6621
AutoresAlberto Filipe Araújo, Joaquim Machado de Araújo, Iduína Mont’Alverne Chaves,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoRESUMO: Neste artigo, fundamentamos uma educação para a imaginação a partir da perspectiva de Gaston Bachelard, desenvolvida em torno da “Pedagogia do Não” e do “cogito” do sonhador, em oposição ao racionalismo dogmático e ao empirismo ingénuo, integrando a imaginação criadora através da qual o sujeito se faz imaginativo. Caracterizamos, assim, a “Pedagogia do Não” como uma pedagogia capaz de conduzir o diálogo e estabelecer equilíbrio entre pensamento e imaginação e atribui-lhe relevante papel na conjugação da objetividade científica e da imaginação poética, para, por fim, discutir a possibilidade de pensar uma educação para a imaginação na base do “cogito” do sonhador. Destacando os poderes e as funções da imaginação, quando recorrem às figuras de retórica, como a antítese, a hipérbole, a antífrase e o eufemismo, e ao jogo de imagens que esse uso comporta, realçamos a função eufemizante da imaginação e a sua capacidade de inovação semântica, susceptível de conduzir à “remitologização” do mundo, cumprindo um “novo espírito pedagógico” que, coerentemente com o “novo espírito científico”, conjugue a objetividade científica e a imaginação poética.
Referência(s)