
Contribuição dos atores da pesca para a bioecologia do Camurim Centropomus undecimalis (CENTROPOMIDAE – PERCIFORMES) capturado no litoral Amazônico brasileiro
2020; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 9; Issue: 10 Linguagem: Português
10.33448/rsd-v9i10.8691
ISSN2525-3409
AutoresMaria Eduarda Garcia de Sousa Pereira, Voyner Ravena Cañete, Marllen Karine da Silva Palheta, Francisco José da Silva Santos, Bianca Bentes, Roberta Sá Leitão Barboza, Grazielle Gomes,
Tópico(s)Coastal and Marine Management
ResumoO objetivo deste trabalho foi conhecer e descrever a bioecologia do Centropomus undecimalis (Bloch, 1792), quanto a sua nomenclatura local, hábitat, alimentação, reprodução e migração, a partir do conhecimento dos atores da pesca, bem como, traçar o perfil socioeconômico desses trabalhadores. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas junto aos pescadores, mestres e donos de embarcações, entre março e maio de 2019 no município de Bragança, por meio da técnica snowball. Os dados foram tabulados e analisados em planilhas eletrônicas dos Software Microsoft Office Excel, Past e IRAMUTEQ. O perfil socioeconômico dos atores da pesca foi similar em relação a idade, escolaridade, tempo na pesca e renda, exceto o último, que variou significativamente em função da ocupação/profissão. Essa espécie é conhecida localmente como camurim, robalo e camurim-preto. Sendo encontrado ao longo do litoral amazônico brasileiro, distribuído em 20 etno-habitats. Destes, 49,1% encontram-se no ambiente costeiro/marinho, 47,1% no estuarino e 3,8% no dulcícola. Alimentam-se, preferencialmente de peixes, seguido de crustáceos e insetos. Essa espécie reproduz ao longo do ano, porém, com maior frequência entre os meses de junho e dezembro (período de transição chuvoso-seco e período seco). A migração ocorre em função da sazonalidade local, fase de vida e habitat, influenciando na alimentação, reprodução e crescimento. Os resultados apresentados, a partir de uma perspectiva integrada de conhecimentos, pode ser peça chave no ponto de partida para o manejo e conservação dessa espécie no litoral amazônico brasileiro.
Referência(s)