Artigo Acesso aberto

A Internacional Comunista e a Questão Judaica

2021; Issue: 16 Linguagem: Português

10.11606/issn.2179-0892.cllh.2018.168338

ISSN

2317-8051

Autores

Saul Kirschbaum,

Tópico(s)

Communism, Protests, Social Movements

Resumo

O relacionamento dos judeus com o poder na Rússia nos quatro séculos desde o tsarado de Ivã IV, o Terrível, foi marcado por opressão, perseguições, exclusão e supressão de direitos, culminando com a retomada do antissemitismo aberto da era estalinista. Não obstante, a cooperação do movimento operário judaico com a social-democracia russa, que, apesar de um constante estranhamento com o proletariado russo, em boa parte viabilizou o sucesso da Revolução, acenava para uma plena integração dos judeus; de fato, num primeiro momento os judeus obtiveram plenos direitos civis. Porém, a III Internacional, fundada por Lênin em 1918, instituiu um rígido centralismo sob o comando do PCUS e negou-se a considerar os judeus como uma nacionalidade, não lhes permitindo participar naquela organização e recusando-se até mesmo a admitir a própria existência de uma “Questão Judaica”.

Referência(s)